domingo, 28 de dezembro de 2014

CERTINHO...

Quando os príncipes tentaram contra Daniel, esperavam pega-lo em algum erro. Não que ele fosse perfeito. Mas ver Daniel na sua, sem compactuar com suas perversidades, mentiras e enganos, fazia com que aqueles homens tivessem muita, mais muita raiva de Daniel.
Quando paro para pensar sobre isto, percebo que , de fato, quando se anda , ou se busca andar corretamente, seja como for, em um meio onde mentiras, falsidades, jeitinho é o mais comum, geralmente se tem problemas. A pe
ssoa em questão é chamada de "chato", "cricri", "certinho", e que "gosta de aparecer". O errado é o aceitável. O andar corretamente, o inimaginável. E quem tenta é tido com hostilidade, pois, para piorar, a pessoa é tida como quem quer ser "superior" aos outros. Percebem a doideira?
Assim foi com Daniel. Aqueles homens, movidos pela inveja e, ao invés de tentarem fazer como Daniel, buscaram prejudica-lo, naquilo que ele era correto. Não podendo acusa-lo, criaram uma regra, sabendo eles que Daniel não cumpriria, pois tal regra era um desafio a sua fé.
Quem conhece a história sabe que não só Daniel foi vitorioso no final, mas passou por um sufoco; como também sabe que aqueles homens foram punidos em sua própria maldade e intento maligno, até suas famílias pagaram por seus erros.
Moral da história? Ande corretamente, mesmo que isto te traga algum tipo de desconforto. Esteja certo de que se te chamam como o citado acima, fique feliz, pois isso mostra que você tem um diferencial, tem caráter e o outro não . E porque o outro pensa que por não andar corretamente todos ao seu lado devem ser iguais a ele. VOCÊ o incomoda porque mostra que é uma questão de ESCOLHA, e não de ACASO.
Deus, em sua infinita bondade, nos fortaleça, a fim de que não esmoreçamos diante de tanta crítica e tentativa de diminuir quem somos. Deus, é para Ele e diante Dele que devemos andar corretamente, e só a ELE nos importa agradar. Porque, no final, os bons são recompensados com as bênçãos do Senhor e os mentirosos pagam por sua própria maldade.




 

domingo, 14 de dezembro de 2014

REENCONTRO...

Fazia tempo que não se viam. Dez anos? Quinze?  Não lembrava. Mas o fato era que ao vê-la sentiu-se  como se nunca tivesse deixado de estar ali, perto dela. Como explicar? Depois de tanto tempo, mal se falaram. Podia até se dizer que estavam sempre se evitando.
Ele não sabia o que dizer, como começar uma conversa, sentia-se como um adolescente diante de sua paquera... mas tinha que dizer algo. Já fora por  demais impulsivo descer do carro em movimento e passar por entre os carros só porque a viu, do outro lado da rua! Ela tinha os olhos fixos nos seus e um sorriso bobo nos lábios. Ele retribuiu. Do carro, seu amigo o olhava como se visse um louco: talvez ele tivesse razão. 

- Oi.
- Oi.

Ela não podia acreditar! Estava tão distraída, pensamentos no nada e, de repente, percebe um movimento à sua direita e vê que um homem tinha saído do carro, ainda em movimento, e passava agora entre os carros e sorria para ela. Estancou na hora! Era ele. Não soube o que fazer. A cena era coisa de cinema, não, novela das nove. Mas seu coração o reconheceu em segundos. Não teve outra, o de sempre aconteceu: sorriso bobo no rosto. Sempre sentia vontade de sorrir quando ele estava por perto... mas fazia tanto tempo... o quê, dez anos?  Não, quinze! E o efeito ainda era o mesmo.

- Oi.
- Oi.

Por um tempo a cena ficou assim, congelada, ele olhando pra ela e ela sorrindo pra ele. Pegos pela emoção, coração a mil, tanta coisa passando na mente, tantas lembranças, de sorrisos, dos passeios, dos sonhos... mas as palavras que queriam falar não saiam! Ela queria dizer que sentia-se encantada por sua explosão de emoção. Não, setia-se emocionada e entendia o que isso significava pra ele. Ele queria lhe dizer que nunca a esqueceu. Seu coração batia feito louco...

- Será sempre assim? Pergunta ele, ainda sob efeito da emoção.
- O quê? Pergunta ela sem tirar os olhos dele.
- Meu coração sempre vai falhar uma batida todas às vezes que te ver ?  Sorri, esperando resposta.
- Eu não sei... me diz você. - Ela inspira, coração  começa a bater no compasso novamente, fazendo com que consiga articular alguma coisa.- Quem sabe você descobrindo a resposta possa me dizer... assim eu entenderia muitas coisas.
- Tais como..
- Por que sempre parece que nunca ficamos tanto tempo afastados ? Por exemplo.
- Porque talvez nunca estivéssemos longe um do outro, no coração. 


casal-desenho


domingo, 19 de outubro de 2014

A VIDA PROSSEGUE, SIM...

EU não quero mais olhar pra trás e ver que sonhos não foram alcançados... e sentir esse vazio em mim...
Eu não quero mais pensar em mim... nas coisas que sonhei e nunca fiz. Ficar parada e ver a vida me levar  não foi a melhor escolha que já fiz.
Sonhos devem ser concretizados... mas aprendi que nem todos poderão existir... mas, mesmo assim, vou sonhar  e buscar realizá-los...
Porque quando um sonho morre, outro nasce a seguir... fomos feitos pra nunca desistir... e assim, como rimas que se completam, formam um sentindo em mim... a vida prossegue, sim... a vida prossegue em mim... ela prossegue sem mim... ela prossegue agora, sim... 
Quantos sonhos ainda mais terei, e vou acreditar de novo e de novo e mais uma vez. Quem tem fé em Deus renova as suas forças e seus sonhos... quem tem fé em Deus sabe que poderá trazer à existência o que está em seu coração... Pois Deus tem maior prazer em nos ver bem... e sua vontade é perfeita  como de ninguém... boa e agradável ela é também.
Sonhar os sonhos de Deus pra mim, é o que quero no fim, pois sei que nunca mais terei sonhos frustrados pois cada um deles terá no princípio a vontade de Deus pra mim.
Tudo tem o seu tempo e o que não for pra mim Ele mesmo tirará do meu caminho.



FIM DE CORREDOR...

E hoje me sinto assim: andando pelo corredor, na penumbra do fim de tarde, com o silêncio por companhia e o sossego de quem sabe onde esse caminho vai dar... mas ando devagar. Ando devagar, em vagar, porque não quero chegar, não ainda, nesse fim de corredor. Quero, antes de mais nada, curtir o silêncio e a paz nessa inquietude, tranquilidade nesse furacão, único momento em que me sinto com o pé no chão.
Fecho os olhos e inspiro.. dá quase pra tocar o conforto momentâneo  que me toma, enche o peito e acalma os batimentos do meu coração... fecho os olhos e me vejo andando acima dos meus problemas, almejando a brisa imaginária que refresca meu corpo tenso e faz-me sorrir com tudo isso...
Loucura?  Não, apenas quero sentir a força que está guardada dentro de mim e que deseja ser mais forte que meus medos... que deseja me fazer caminhar além desse corredor.



segunda-feira, 18 de agosto de 2014

QUEM PODERIA IMAGINAR???

E quem poderia saber, como alguém poderia se interessar por suas lágrimas?? Por quê?? Pra quê??
Mas ali estava ela, chorando, olhando sem ver, pelo vidro do carro, as casas e ruas passando à sua frente... enquanto, ao seu lado, aquele que diz amar, nem sequer, por um momento, percebe as lágrimas que rolam em seu rosto...
Mas ela sabe, até entende, a indiferença do outro, afinal durante tanto tempo ela foi  a força de muitos, a alegria do ambiente, aquela que trazia brilho às festas e em qualquer lugar representava a felicidade... Sim, quem poderia imaginar que alguém assim pudesse chorar??? Quem??
Mas, dolorosamente, ela também chora, sente falta de um ombro pra desabafar, também sente vontade de ser apertada em um abraço... de chorar sem medo... de ter alguém como ela é para os outros...
No fim, aliviada pela dor que diluiu  em lágrimas, traga os últimos suspiros na garganta e abre a porta do carro. Tinha chegado ao seu destino. Não, não estava pasma, magoada talvez, mas entendendo o quanto estava só e que nem sempre estar acompanhada é sinônimo de parceria. Talvez solidão acompanhada fosse mais adequado dizer.
Agora, erguendo a cabeça e caminhando ao seu destino, percebe que foi melhor assim, chorar sem ser vista, pois entende melhor o que, de fato, precisa: de si mesma.

     

sábado, 16 de agosto de 2014

AMAR VOCÊ...

Ainda tenho no corpo o calor do teu abraço. Nos lábios o sabor doce dos teus beijos.
Como é bom quando te toco... me embriago com a textura de tua pele e o calor que dela emana.
Sentir o teu cheiro traz lembranças que me aquecem e fazem te desejar cada vez mais.
Sim, te olhar é mesmo de encher os olhos... Nossa, só de te olhar meu coração bate como tambor, minha respiração fica curta e quando me beijas... ah, só assim me sinto livre e posso voar...
Renasço quando estou contigo.
Sinto-me incrível por estar ao teu lado e ter o teu amor.
Amo-te, tanto quanto me é possível amar-te.
Amo-te, tanto quanto posso me amar. 
Sim, porque amar você  me faz tão bem...

Imagem do blog http://diegowindsor.blogspot.com.br/
  

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

CAMINHO...


Olhar ao redor e não ver a quem falar com o coração aberto, sem medo de ser incompreendido... isto dói na alma.
E desejar que, mesmo sem entender, o outro fique ao teu lado, só por você e nada mais.
Mas isto não ocorre e você precisa seguir em frente... é o tipo do caminho que não tem retorno... só  a seta de "seguir em frente"  é  o teu guia...
Desistir, simplesmente, desistir, não é uma opção... pensado, sim, mas não efetuado. 
E então, erguendo-se do chão onde  sentastes, guardas as dores e aflições e põem-se a andar, pois, apesar de tudo, ainda existe FÉ e ESPERANÇA de que algo bom há de acontecer, com a permissão de Deus, que te fará agradecer por ter trilhado este caminho.

                        

sábado, 2 de agosto de 2014

BREVIDADE...

Em silêncio... com a porta fechada da sala... sentada no batente da cozinha... de frente ao local que todos os mortais hão de ir, o cemitério, ali ela pensa sobre a vida efêmera que têm...
Os dias passaram tão rápido. Agora, pensa, já são anos!! Parece que foi ontem que sentiu as primeiras cócegas da paixão... as borboletas no estômago... o suor nas mãos... o sorriso bobo ( sempre o
 tinha nos lábios quando via o amado de seu coração...) e aquele medo tolo dele nunca perceber sua presença...
Ela sorri... engraçado como hoje essas lembranças façam cócegas em seu coração, não mais por ainda ser apaixonada, mas por ter vivido algo do tipo... e de se saber o quanto é doce, suave e encantador a primeira paixão... e mesmo não sendo correspondida, depois da decepção, das lágrimas e da sensação de que nunca vai esquecê-lo... a vida lhe ensina que tudo passa, toda dor é superada, com o tempo, mas é superada e que se pode RECOMEÇAR, sonhar de novo...
Ela levanta-se do batente, dá mais uma olhada para o cemitério e sorri, sente o coração leve, saber da brevidade da vida a impulsiona a continuar, a lutar a viver... fecha a porta da cozinha e abre a da sala e sai... e vai caminhando...



domingo, 22 de junho de 2014

LUZ DA VARANDA


Ali estava ela. Era noite, alta madrugada, na verdade. Mais uma vez não conseguia dormir. 
Seu coração estava inquieto, ela precisa tomar uma decisão. Uma parte dela diz NÃO, a mais racional, que tudo destrincha e secciona... mas a outra parte, tão emocional, tão vibrante e corajosa diz SIM...
Sentada diante da janela da varanda, pelo vidro olha no apartamento da frente, em outra varanda, pensa ver sua resposta: um casal de idosos, sim, ela sabe que são idosos porque já os viu pela manhã, sentados juntos. Dado um tempo, eles se levantam e, juntos, recolhem almofadas, ajeitam alguma coisa e apagam as luzes da varanda. Agora tudo está escuro. Cumplicidade, foi o que ela viu ali. Companheirismo. E, talvez, Amor. E, de repente, percebe ela, quer também aquele tipo de coisa: envelhecer ao lado da pessoa amada. Apagar a luz da varando ao lado de seu amado. Não, ela não sabe e nem imagina por quais problemas e tempestades aquele casal teve que passar, mas acredita que eles devem ter tido momentos tão fortes de alegria que os uniram durante a sua jornada juntos. De alguma forma eles chegaram ali e transmitiam o que ela buscava. 
Então, envolvida por aquela cena e por tudo que lhe trouxe ao coração, razão e emoção decidem ser unânimes pelo menos uma vez: SIM. Essa era a resposta que ela tinha agora em seu coração. Resposta que lhe trouxe paz.
Ela levanta do seu lugar certa de que alcançou a sua essência, o desejo secreto de sua alma e, humildemente, aceita o fato de querer viver ao lado da pessoa amada. É, haveria festa em sua vida e tempestades também, mas seriam solidificados e, como aquele casal de idosos, um dia, estaria na varanda sentada ao lado do amado e juntos apagariam a luz da varanda. E alguém, como ela, descobriria sua resposta."

           


SONHOS, DESEJOS, PROMESSAS...

Quando penso em nós, lembro-me dos jovens encantados pelas emoções, os desejos descobertos naqueles dias...
Penso em como foi maravilhoso se permitir amar, desejar um ao outro e querer saber mais sobre amor e sonhos.
Realmente, no início não foi fácil. Foram tantos os medos... Mas você, a cada um derrubou. Como certo amigo me disse que um dia aconteceria. Um dia, disse ele, você conhecerá um rapaz que vai derrubar, um por um, desses tijolos dos seus medos.
É, realmente, ele tinha razão, conheci você!!
Talvez, quem sabe, eu deveria ter ficado em meu canto. Mas me encantei por você e deixei que me conquistasse.
Foram tantas as promessas de coisas lindas e emoções tão quentes e aconchegantes... e, como quem fica confortável em um sofá com uma caneca de chocolate quente nas mãos, fiquei assim, descansando em seu amor, me deixando mimar e me conquistar, me deixando apaixonar.
É, bem da verdade, não foi uma paixão desenfreada, com frio na barriga e suor nas mãos. Eu sei, você me conheceu já com um coração medroso e que não se entregava mais a essas emoções. Não, você, sabiamente, me conquistou na amizade, no cuidado, no estar presente, no companheirismo. E então, não deu outra, meu coração escolheu você pra amar.
E eu te amei. Me entreguei de todo o coração, me entreguei com a razão e a emoção. Nunca antes elas tinham concordado. Sempre pisando manso, leve, para uma não discordar da outra... verdade, você bagunçou tudo... e eu gostei.
Agora, confesso, enquanto os anos passam e vejo que não vivo mais aquele amor consistente e as promessas que me fizestes, me pego perguntando “Para quê então toda a conquista e tudo o que a antecedeu?? Por quê então me entregar se não há mais a quem??”
Sim, eu sei, você se foi e esqueceu de fechar a porta. Fico aqui sentada, às vezes, na confiança de te ver voltar... de sentir o calor dos teus olhos sobre mim... de sentir o sabor doce de teus lábios e de me aquecer novamente em teus braços...
Como no início, me destes razões para te amar... agora, com outras razões, me pedes para te esquecer. E como antes, eu sei, conseguirás ter de mim o que desejas...