sábado, 2 de agosto de 2014

BREVIDADE...

Em silêncio... com a porta fechada da sala... sentada no batente da cozinha... de frente ao local que todos os mortais hão de ir, o cemitério, ali ela pensa sobre a vida efêmera que têm...
Os dias passaram tão rápido. Agora, pensa, já são anos!! Parece que foi ontem que sentiu as primeiras cócegas da paixão... as borboletas no estômago... o suor nas mãos... o sorriso bobo ( sempre o
 tinha nos lábios quando via o amado de seu coração...) e aquele medo tolo dele nunca perceber sua presença...
Ela sorri... engraçado como hoje essas lembranças façam cócegas em seu coração, não mais por ainda ser apaixonada, mas por ter vivido algo do tipo... e de se saber o quanto é doce, suave e encantador a primeira paixão... e mesmo não sendo correspondida, depois da decepção, das lágrimas e da sensação de que nunca vai esquecê-lo... a vida lhe ensina que tudo passa, toda dor é superada, com o tempo, mas é superada e que se pode RECOMEÇAR, sonhar de novo...
Ela levanta-se do batente, dá mais uma olhada para o cemitério e sorri, sente o coração leve, saber da brevidade da vida a impulsiona a continuar, a lutar a viver... fecha a porta da cozinha e abre a da sala e sai... e vai caminhando...



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