sexta-feira, 8 de maio de 2015

Saudades de mim....



Sinto saudades na alma...
Saudades de coisas que nem lembrava mais ser possível...
Saudades de sentimentos que um dia vivi... e talvez por isso tenho sonhos que, ao acordar, me trazem paz...
Saudades de pessoas que nunca mais verei, e daquelas com os as quais não posso mais contar...
Saudades do beijo apaixonado, do frio na barriga, do sorriso bobo...
Mas, do que mais sinto saudades, é de mim.


quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

NÃO DÁ PARA ANDAR SOZINHO...

Não sei bem o que anda de errado neste mundo das relações amorosas. Tem dia que digo pra mim mesma que não insistirei mais em tentar entender esse jogo de poder que existe dentro das relações. É cansativo.
No início, para conquistar, se empreende toda uma Odisséia, luta-se com dragões, vence reinos, e supera-se muros altos e castelos, só para ter o sorriso da "princesa". 
A mulherada jura que amará o tal,  o dito cujo (como diria certa amiga minha)
por toda a vida, quer seja no casarão ou debaixo da ponte.
Tcharam... as coisas, na real, não acontecem como o imaginado, o jurado e prometido!!  O dito cujo  já não empreende esforço algum para conquistar ( conquistar mais o quê se o reino já está dominado?) e a "princesa" não suporta a toalha molhada em cima da cama e a falta de diálogo (antes se falava até do céu azul!!). Agora, ele se faz de durão (se demonstrar que a ama, ela vai passar por cima dele e fazer o que bem entender do pobre e frágil coração do tal!) e ela engole as palavras duras que gostaria de dizer, afinal, ela precisa ser sábia para edificar o lar. Só esqueceram de avisar ao casal que este ser "sábio"  cabe AOS DOIS; que relação conjugal não é feita aos trancos e barrancos, mas é desde o namoro, as gentilizas, um dia feitas, são esperadas dentro do casamento (até mais, eu diria); que aquela ida ao cinema ainda está valendo pra hoje; que aquelas tentativas de subir no muro e salvar a donzela, ainda são recebidas e apreciadas, mesmo agora.
Não sei quem mentiu para os casais; quem disse que a monotonia e embaraço começam depois que se casam, é um tal de pudor, de frescuras e fricotes, um não pode isso não pode aquilo, um fala assim, não fala desse jeito... enquanto isso, todo aquele empreendimento, a conquista do ser amado, vai se perdendo no mar de confusão e mágoas, palavras gritadas aos berros (redundância proposital) e lágrimas escondidas no banheiro; tudo se esvai diante da fraqueza e mesquinharia do "eu", do "quem pode mais e quem manda aqui", do "quem paga as contas enquanto você fica em casa", "eu ´quem mando porque assim diz a Palavra"  (chegam a usar da Palavra Sagrada para oprimir!!).
Dos casais que conheço e que permanecem apaixonados, mesmo depois de casados, observo que eles permanecem se conquistando, se encantando, não existe medo de falar o que sentem e o que desejam, são abertos e sinceros, amáveis, se entregam, se amam sem reservas, se divertem, se respeitam, são amigos, riem juntos e, se permitem apaixonar-se pelo outro todos os dias; saem juntos; passeiam, mantém vivo a chama que um dia os atraíram. 
Não sei, acredito que  "andarão dois juntos se um não estiver de acordo?"  
Nessa caminhada a DOIS, já se diz, A DOIS, não dá pra andar sozinho!
Então, penso eu, deveríamos parar um pouco e pensar: o que me fez olhar pra ele(a)???? Ainda vejo isso depois de tanto tempo? Sou responsável por essa mudança (boa ou ruim)? O que posso fazer para andar junto com o outro nessa caminhada?? 
Relacionamento conjugal não é coisa fácil, e complicamos ainda  mais quando agimos com egoísmo, arrogância e desumanidade.
Enfim, poderia escrever um monte de coisas a mais, mas fico por aqui... cada qual sabe o que tem feito para enterrar a alegria que um dia conheceu nos primórdios da conquista.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

A PRIMEIRA PEDRA...

Fico observando os comentários de algumas pessoas, de vários lugares desse país, comentários cheios de ódio, arrogância, que me fazem pensar naquela situação da mulher adúltera. Sim, chego a ouvir as vozes alteradas, os gritos de "apedreja", mate-a porque descumpriu a Lei de Moisés, e, no meio daquela algazarra, Cristo, muito tranquilo escrevendo no chão. E, depois de um tempo Ele vai e fala: "AQUELE QUE NÃO TIVER PECADOS, atire a primeira pedra."
Realmente eu não sei qual deveria ser o som da voz de Cristo, quais as entonações , mas sei que continha autoridade. Acredito que por esta razão não houve brechas para que algum gaiato fosse e atirasse a primeira pedra, sendo ele tão pecador quanto. O que ocorreu foi que um a um, do menor ao mais velho, soltaram suas pedras e se foram, ficando apenas Jesus e a mulher. E Ele, mesmo não tendo pecado algum,mesmo tendo sido Ele quem teve a ideia de atirar a primeira pedra quem não tivesse pecado, Ele não atirou, escolheu PERDOAR.
Sabe, eu quero pensar naqueles que soltaram as pedras. Quero imaginar o impacto das palavras de Jesus, tão simples e ao mesmo tempo, desafiadora: "aquele que não tiver pecados..." Cenas de um outro dia deitado com aquela mesma mulher, em algum lugar, veio à mente de um deles; lembranças de mentiras contadas, onde por conta dessa mentira, alguém pagou o "pato',refrescou a mente de outro; o comerciante lembrou-se do preço abusivo que colocou em suas mercadorias (comprando um produto, pagou-se por três!!); o filho lembrou que amaldiçoou sua mãe; o pai viu o quanto foi mal com seu filho... e assim, um a um deixaram suas pedras.
Não somos bons e justos diante de Deus. TODOS pecamos e separados estamos da glória de Deus. E só, somente só, por intermédio de Cristo é que somos justificados diante de Deus. Pelo sangue de Jesus derramado lá na cruz por nós é que somos perdoados e justificados!! E só alcançamos isto quando RECONHECEMOS que pecamos, nos ARREPENDEMOS e nos voltamos do nosso caminho mal. Em Cristo e por amor a Ele.
Mas vocês já pararam para pensar se Deus não nos desse uma segunda chance?? E convenhamos, Ele nos dá mais do que outra chance... Ele nos dá várias, e várias chances!!!
E assim, Ele espera que sejamos como Jesus, misericordiosos uns com os outros. Como Ele nos ama Ele quer que amemos uns aos outros.
Então, na próxima vez em que pegarmos as pedras para atirar em alguém, lembremo-nos dos nossos pecados e de quem é que nos perdoa; pois caso não façamos como Ele nos dá o exemplo, perdoando e amando a nós mesmos, Ele não poderá fazer o mesmo novamente quando precisarmos do Seu perdão! Afinal, como Ele ensinou lá no Monte:“E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; Amém. “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.”
PENSE antes de atirar a primeira pedra!! VOCÊ pode precisar do perdão de alguém ou de alguns e, principalmente, de DEUS!



quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

DEZOITO ANOS...

Sinto falta do que vi um dia: da ingenuidade, pureza e sensibilidade.
Pena que precisa-se de experiência  para entender certas coisas da vivência, enquanto se  perde o viço e a beleza da juventude.... Como é injusto: quando se tem beleza não se tem experiência e sabedoria suficiente para saber separar a ilusão da certeza; a emoção da razão; o amor da paixão. E quanto perde-se nesse tempo?... quantas decisões tolas  toma-se por esses dias?... ah, que saudade...
Mas a maior perda é a da alma pura e sensível. Porque com as durezas da vida, obriga-se a ser mais forte e esquecer as gentilezas; feridas são abertas e não há remédio que a cure, só o seu próprio esforço e paciência; desejos e sonhos são deixados de lado e abrem-se espaço para coisas práticas e certinhas da vida... Você torna-se em um estranho... E nem se dá conta... Até que um dia, meio sem querer, dá de cara com sua foto aos dezoitos anos e lembra do quanto era jovem, puro, ingênuo e sensível. E aí você percebe o quanto perdeu  e como gostaria de saber o que sabe hoje , naqueles dias. Tudo seria melhor, você pensa. Será?? Quem é que sabe??

 

domingo, 28 de dezembro de 2014

CERTINHO...

Quando os príncipes tentaram contra Daniel, esperavam pega-lo em algum erro. Não que ele fosse perfeito. Mas ver Daniel na sua, sem compactuar com suas perversidades, mentiras e enganos, fazia com que aqueles homens tivessem muita, mais muita raiva de Daniel.
Quando paro para pensar sobre isto, percebo que , de fato, quando se anda , ou se busca andar corretamente, seja como for, em um meio onde mentiras, falsidades, jeitinho é o mais comum, geralmente se tem problemas. A pe
ssoa em questão é chamada de "chato", "cricri", "certinho", e que "gosta de aparecer". O errado é o aceitável. O andar corretamente, o inimaginável. E quem tenta é tido com hostilidade, pois, para piorar, a pessoa é tida como quem quer ser "superior" aos outros. Percebem a doideira?
Assim foi com Daniel. Aqueles homens, movidos pela inveja e, ao invés de tentarem fazer como Daniel, buscaram prejudica-lo, naquilo que ele era correto. Não podendo acusa-lo, criaram uma regra, sabendo eles que Daniel não cumpriria, pois tal regra era um desafio a sua fé.
Quem conhece a história sabe que não só Daniel foi vitorioso no final, mas passou por um sufoco; como também sabe que aqueles homens foram punidos em sua própria maldade e intento maligno, até suas famílias pagaram por seus erros.
Moral da história? Ande corretamente, mesmo que isto te traga algum tipo de desconforto. Esteja certo de que se te chamam como o citado acima, fique feliz, pois isso mostra que você tem um diferencial, tem caráter e o outro não . E porque o outro pensa que por não andar corretamente todos ao seu lado devem ser iguais a ele. VOCÊ o incomoda porque mostra que é uma questão de ESCOLHA, e não de ACASO.
Deus, em sua infinita bondade, nos fortaleça, a fim de que não esmoreçamos diante de tanta crítica e tentativa de diminuir quem somos. Deus, é para Ele e diante Dele que devemos andar corretamente, e só a ELE nos importa agradar. Porque, no final, os bons são recompensados com as bênçãos do Senhor e os mentirosos pagam por sua própria maldade.




 

domingo, 14 de dezembro de 2014

REENCONTRO...

Fazia tempo que não se viam. Dez anos? Quinze?  Não lembrava. Mas o fato era que ao vê-la sentiu-se  como se nunca tivesse deixado de estar ali, perto dela. Como explicar? Depois de tanto tempo, mal se falaram. Podia até se dizer que estavam sempre se evitando.
Ele não sabia o que dizer, como começar uma conversa, sentia-se como um adolescente diante de sua paquera... mas tinha que dizer algo. Já fora por  demais impulsivo descer do carro em movimento e passar por entre os carros só porque a viu, do outro lado da rua! Ela tinha os olhos fixos nos seus e um sorriso bobo nos lábios. Ele retribuiu. Do carro, seu amigo o olhava como se visse um louco: talvez ele tivesse razão. 

- Oi.
- Oi.

Ela não podia acreditar! Estava tão distraída, pensamentos no nada e, de repente, percebe um movimento à sua direita e vê que um homem tinha saído do carro, ainda em movimento, e passava agora entre os carros e sorria para ela. Estancou na hora! Era ele. Não soube o que fazer. A cena era coisa de cinema, não, novela das nove. Mas seu coração o reconheceu em segundos. Não teve outra, o de sempre aconteceu: sorriso bobo no rosto. Sempre sentia vontade de sorrir quando ele estava por perto... mas fazia tanto tempo... o quê, dez anos?  Não, quinze! E o efeito ainda era o mesmo.

- Oi.
- Oi.

Por um tempo a cena ficou assim, congelada, ele olhando pra ela e ela sorrindo pra ele. Pegos pela emoção, coração a mil, tanta coisa passando na mente, tantas lembranças, de sorrisos, dos passeios, dos sonhos... mas as palavras que queriam falar não saiam! Ela queria dizer que sentia-se encantada por sua explosão de emoção. Não, setia-se emocionada e entendia o que isso significava pra ele. Ele queria lhe dizer que nunca a esqueceu. Seu coração batia feito louco...

- Será sempre assim? Pergunta ele, ainda sob efeito da emoção.
- O quê? Pergunta ela sem tirar os olhos dele.
- Meu coração sempre vai falhar uma batida todas às vezes que te ver ?  Sorri, esperando resposta.
- Eu não sei... me diz você. - Ela inspira, coração  começa a bater no compasso novamente, fazendo com que consiga articular alguma coisa.- Quem sabe você descobrindo a resposta possa me dizer... assim eu entenderia muitas coisas.
- Tais como..
- Por que sempre parece que nunca ficamos tanto tempo afastados ? Por exemplo.
- Porque talvez nunca estivéssemos longe um do outro, no coração. 


casal-desenho


domingo, 19 de outubro de 2014

A VIDA PROSSEGUE, SIM...

EU não quero mais olhar pra trás e ver que sonhos não foram alcançados... e sentir esse vazio em mim...
Eu não quero mais pensar em mim... nas coisas que sonhei e nunca fiz. Ficar parada e ver a vida me levar  não foi a melhor escolha que já fiz.
Sonhos devem ser concretizados... mas aprendi que nem todos poderão existir... mas, mesmo assim, vou sonhar  e buscar realizá-los...
Porque quando um sonho morre, outro nasce a seguir... fomos feitos pra nunca desistir... e assim, como rimas que se completam, formam um sentindo em mim... a vida prossegue, sim... a vida prossegue em mim... ela prossegue sem mim... ela prossegue agora, sim... 
Quantos sonhos ainda mais terei, e vou acreditar de novo e de novo e mais uma vez. Quem tem fé em Deus renova as suas forças e seus sonhos... quem tem fé em Deus sabe que poderá trazer à existência o que está em seu coração... Pois Deus tem maior prazer em nos ver bem... e sua vontade é perfeita  como de ninguém... boa e agradável ela é também.
Sonhar os sonhos de Deus pra mim, é o que quero no fim, pois sei que nunca mais terei sonhos frustrados pois cada um deles terá no princípio a vontade de Deus pra mim.
Tudo tem o seu tempo e o que não for pra mim Ele mesmo tirará do meu caminho.